"A trilha verde"

A Trilha Verde da Maria Fumaça é uma ecovia situada em um antigo ramal ferroviário que ligava Corinto - MG a Diamantina - MG. O trecho mais bonito e também o mais visitado pelos caminhantes e ciclistas é o de Diamantina a Monjolos. Serpenteando entre vales e águas da Serra do Espinhaço e descendo até os sertões da gerais a Trilha Verde da Maria Fumaça, situada nos vales do Jequitinhonha e São Francisco, a cada ano, vem atraindo mais e mais aventureiros de todas as partes do Brasil. Com 92 Km de extensão (Diamantina-Monjolos), a trilha cruza unidades de conservação da Serra do Espinhaço a cordilheira do Brasil tombada como Reserva da Biosfera pela Unesco.

A construção do Ramal ferroviário iniciou em 1910 e foi inaugurado em 1914. Foi a maior altitude em que percorreu uma máquina a vapor, a Maria Fumaça. A altitude máxima é de 1421 m e a mínima de 531m, tendo um desnível máximo de 3% o que foi uma espetacular obra de engenharia e arquitetura. Pontes, pontilhões de ferro, galerias de cantaria, estações e casas de operários formam o acervo patrimonial de estilo inglês. Por falta de incentivos políticos e econômicos e pela crescente demanda pelo transporte rodoviário e aéreo o ramal foi desativado em 1973, criando graves problemas culturais, sociais e econômicos às comunidades que viviam em função da via ferroviária. Em 2000 a ONG Caminhos da Serra fez sua primeira expedição para conhecimento da tão bela obra ferroviária e percebeu a necessidade da preservação e conservação do conjunto patrimonial, do meio ambiente e da história e cultura, propondo a transformação do ramal ferroviário em uma via ecoturística para caminhantes e ciclistas. Em parceria com o Ministério Público, as prefeituras municipais, o Instituto de Patrimônio Nacional e outras entidades ligadas à cultura, ao patrimônio e esporte a ONG Caminhos da Serra iniciou o projeto de recuperação e proteção da via.